A volta às aulas de forma presencial no Rio Grande do Sul ainda segue sem definição em meio a pandemia do coronavírus. No início da tarde desta quinta-feira, o governador Eduardo Leite detalhou, por meio de live, uma consulta pública, que foi aberta hoje, a entidades representativas das áreas da educação, saúde e proteção à criança e ao adolescente, que devem ajudar o Estado a tomar uma decisão sobre o assunto.
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Até agora, a única certeza do governo é que as atividades presenciais serão retomadas por etapas, com um nível de ensino de cada vez. Com essa consulta, o principal objetivo é chegar a uma decisão sobre qual etapa deve começar primeiro. Por um lado, se pede o retorno primeiro da educação infantil, já que muitos pais voltaram a trabalhar e não tem com quem nem onde deixar os filhos. Ao mesmo tempo, as crianças tem menos autonomia para cumprir os protocolos de saúde, como o distanciamento adequado.
Ao total, serão 1.520 entidades, como conselhos e Centro de Referência de Assistência Social (Cras), consultadas até o dia 12 de julho por meio de formulário eletrônico. As instituições também poderão sugerir protocolos de segurança para serem adotados nas aulas.
Desde o início de junho, o retorno às atividades de ensino pode ser feito em todos os níveis de ensino só de forma remota, seja usando a tecnologia ou por meio de material impresso. No dia 15 de junho, as atividades presenciais foram liberadas nos cursos livres, como idiomas e pré-vestibulares, e aquelas consideradas essenciais para a conclusão de curso. Isso é válido só nas regiões onde vigoram as bandeiras amarelas ou laranjas. Na bandeira vermelha, só são permitidas atividades presenciais essenciais para conclusão de curso na área da saúde.
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Inicialmente, se trabalhava com o prazo de algum nível de ensino retornar ainda na primeira quinzena de julho. Entretanto, na última semana, Leite adiantou que isso não deve acontecer e uma data mais próxima, dependendo do avanço da Covid-19, poderá ser só em agosto.
Em todo o Estado, são cerca de 800 mil alunos somente na rede estadual e mais de 2,5 milhões de alunos em todas as instituições e níveis de ensino.
As entidades consultadas:
- Sindicatos/ Entidades representativas: 20
- Conselhos estaduais: 16
- Fundações públicas: 2
- Coordenações regionais: 60
- Centro de Operação de Emergência em Saúde (COEs) Regionais: 20
- Conselhos regionais Apae: 22
- Conselhos municipais de educação: 347
- Secretarias municipais de educação: 497
- Cras e Creas: 163
- Centros de convivência: 292
- Cases: 22
- Organizações sociais: 13
- Conselhos tutelares: 31
- Conselhos municipais da criança e do adolescente: 16